A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou um motorista de 35 anos por homicídio qualificado no caso do atropelamento de Fátima Jussara Toscani Fernandes, de 64 anos, ocorrido em fevereiro deste ano na cidade de Alegrete, na Fronteira Oeste do estado. Fátima veio a falecer em 16 de março, aproximadamente um mês após o incidente, captado por uma câmera de segurança.
Embora o nome do indiciado não tenha sido divulgado pela polícia, a defesa do suspeito informou à RBS TV que não teve acesso ao inquérito policial para comentar sobre o caso.
Além do homicídio qualificado, o motorista enfrenta acusações de omissão de socorro e fuga do local do acidente. A delegada Fernanda Mendonça, responsável pela investigação, concluiu que há indícios suficientes para caracterizar o homicídio doloso, considerando que o motorista estava em alta velocidade, sob efeito de álcool e não prestou socorro à vítima, fugindo do local e abandonando o veículo em local distante de sua residência.
Após ter sido detido em fevereiro, o motorista foi posteriormente solto por decisão judicial mediante um habeas corpus e responde aos crimes em liberdade. O advogado de defesa do motorista alega que seu cliente compareceu voluntariamente à delegacia no dia do ocorrido, mas que a apresentação não foi recebida pela polícia.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se oferecerá denúncia à Justiça. Caso a denúncia seja aceita, o motorista será formalmente acusado dos crimes e enfrentará um processo judicial.
O acidente ocorreu na Avenida Tiarajú, no bairro Ibirapuitã, onde Fátima foi atingida enquanto caminhava pela ciclovia. As imagens da câmera de segurança mostram o momento em que o carro em alta velocidade atinge a vítima, lançando-a para o alto, antes do motorista fugir do local.
O veículo envolvido no acidente foi encontrado abandonado em uma rua da cidade, apresentando danos visíveis no para-brisa e em um dos faróis. O motorista foi localizado, interrogado e preso após o incidente.